Proibição espectáculo "rodeo" é um "equívoco" - Associação Portuguesa Rodeo
Algarve: Proibição espectáculo "rodeo" é um "equívoco" - Associação Portuguesa Rodeo
RODEO
Faro, 06 Set (Lusa) - A Associação Portuguesa de Rodeo (APR) considerou hoje que a proibição de um espectáculo de "rodeio" prevista para hoje numa feira em Estói, Faro, resulta de um "equívoco" e diz não estar em causa a saúde dos animais.
Na sequência de uma providência cautelar apresentada por uma associação de defesa dos animais, o Tribunal de Faro proibiu sexta-feira a realização de um "rodeio brasileiro", programado para acontecer hoje na Feira do Cavalo de Estói.
A proibição decretada pelo tribunal vincula a Megalqueva, a Junta de Freguesia de Estói e a Câmara de Faro, ordenando a estas entidades que se abstenham de realizar o "rodeio", sob pena de multa, lê-se na sentença.
A associação "Animal" considera estes espectáculos muito violentos e com um grau de crueldade considerável pelos animais, pelo que decidiu tentar impedir a realização do "rodeo", conseguindo que o tribunal o fizesse.
Em declarações à Lusa, o presidente da APR, diz que tudo não passa de um "equívoco" e que o conceito de "rodeio" usado nos espectáculos que a associação promove não tem nada a ver com o que se pratica no Brasil ou Estados Unidos.
Isto porque no documento apresentado ao tribunal, a associação "Animal" sublinha que mesmo nos Estados Unidos e no Brasil, de onde são originários este tipo de espectáculos, já houve proibições idênticas, pelo grau de crueldade de que se revestem.
"Tratam-se apenas de montadas em cavalos e touros bravos, sem infligir maus-tratos aos animais e onde o único instrumento usado é uma corda para o 'cowboy' se segurar", afirma José Manuel Carvalho.
Aquele responsável diz que a organização do evento já enviou para o Ministério Público (MP) de Faro um documento onde é usado o princípio do contraditório, explicando-se as características do espectáculo.
"Nós nem chegámos a ser ouvidos pelo tribunal, por isso não tivemos oportunidade de explicar do que trata o espectáculo", disse, afirmando que a competição até serve para promover a raça de touros bravos e mirandesa.
"Os 'cowboys' apenas desafiam os animais, sendo o objectivo da competição ver quem aguenta mais tempo em cima dos animais, não havendo nada que ponha em causa a sua saúde", sublinhou.
A organização ainda não decidiu se vai avançar na mesma com a realização do "rodeio", espectáculo que se insere no campeonato nacional da modalidade, aguardando agora uma indicação das autoridades locais.
"Estamos numa impasse que tem que ser decidido a tempo dos animais e das pessoas que os vão montar chegarem ao Algarve", afirmou, dizendo que estão no Alentejo e que só virão se o espectáculo efectivamente se realizar.
MAD.
Lusa/Fim
Info: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1009971
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Rodeo em Faro: Organização vai recorrer da providência cautelar que impede o evento
05.09.2008 - 21h13 Paulo Miguel Madeira, (com Ana Machado)
O presidente da Junta de Freguesia de Estói, concelho de Faro, anunciou já que a organização, da qual a junta faz parte juntamente com a empresa Megalqueva, vai recorrer da providência cautelar, levantada hoje pela associação Animal, contra o evento.
O Tribunal Judicial de Faro emitiu hoje uma providência cautelar para impedir a realização de um “rodeo brasileiro” marcado para amanhã à noite na Feira do Cavalo de Estói, no concelho de Faro, no âmbito de um Campeonato Nacional de Rodeo promovido pela Associação Portuguesa de Rodeo e pela empresa Megalqueva.
“É uma decisão gravíssima. O que estava previsto era só montar os touros. Amanhã apresentaremos recurso. Há ordens de ministros para cercar a feira”, avançou José de Paula Brito que não coloca de parte um pedido de indemnização, caso a decisão final de tribunal lhe seja favorável.
O tribunal considerou demonstrado que nos “rodeos” deste tipo “os animais são afectados de sofrimento cruel e prolongado sem qualquer justificação” e que a Animal tem legitimidade e direito de promover a defesa dos direitos dos animais pelos meios legais adequados. A Feira do Cavalo de Estói é promovida pelo Grupo de Amigos do Cavalo de Estói e envolve a junta de freguesia local, no concelho de Faro.
A decisão do tribunal, proferia na sequência do pedido de providência cautelar interposto pela associação Animal, deu também como “demonstrado o fundado receio” de que “a realização do evento cause lesão grave e dificilmente reparável dos direitos dos animais que pela providência cautelar se pretendem acautelar”, visto que, depois de ocorrer, “a dor infligida aos animais utilizados nos espectáculos constitui notoriamente um dano irreparável.
A sentença, assinada pelo juiz Joaquim Cruz, determina ainda que a Junta de Freguesia de Estói, o Grupo de Amigos do Cavalo de Estói e a Megalqueva paguem solidariamente a quantia de 15 mil euros no caso de realizarem mesmo o “rodeo”. A Animal pedia uma multa de 50 mil euros.
O “rodeo”, autorizado pela Câmara de Faro, tinha também o apoio da Direcção Regional de Agricultura do Algarve e do Serviço Nacional Coudélico, dois organismos do Ministério da Agricultura, o que a Animal considera “escandaloso”, atendendo a que o tribunal deu razão à associação no que respeita à ilicitude da realização destes eventos em Portugal.
O evento faz parte de um campeonato nacional, explica José de Paula Brito. “Ainda a semana passada aconteceu um em Albufeira”. E está um outro marcado para o Porto.
Info: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341796&idCanal=62
RODEO
Faro, 06 Set (Lusa) - A Associação Portuguesa de Rodeo (APR) considerou hoje que a proibição de um espectáculo de "rodeio" prevista para hoje numa feira em Estói, Faro, resulta de um "equívoco" e diz não estar em causa a saúde dos animais.
Na sequência de uma providência cautelar apresentada por uma associação de defesa dos animais, o Tribunal de Faro proibiu sexta-feira a realização de um "rodeio brasileiro", programado para acontecer hoje na Feira do Cavalo de Estói.
A proibição decretada pelo tribunal vincula a Megalqueva, a Junta de Freguesia de Estói e a Câmara de Faro, ordenando a estas entidades que se abstenham de realizar o "rodeio", sob pena de multa, lê-se na sentença.
A associação "Animal" considera estes espectáculos muito violentos e com um grau de crueldade considerável pelos animais, pelo que decidiu tentar impedir a realização do "rodeo", conseguindo que o tribunal o fizesse.
Em declarações à Lusa, o presidente da APR, diz que tudo não passa de um "equívoco" e que o conceito de "rodeio" usado nos espectáculos que a associação promove não tem nada a ver com o que se pratica no Brasil ou Estados Unidos.
Isto porque no documento apresentado ao tribunal, a associação "Animal" sublinha que mesmo nos Estados Unidos e no Brasil, de onde são originários este tipo de espectáculos, já houve proibições idênticas, pelo grau de crueldade de que se revestem.
"Tratam-se apenas de montadas em cavalos e touros bravos, sem infligir maus-tratos aos animais e onde o único instrumento usado é uma corda para o 'cowboy' se segurar", afirma José Manuel Carvalho.
Aquele responsável diz que a organização do evento já enviou para o Ministério Público (MP) de Faro um documento onde é usado o princípio do contraditório, explicando-se as características do espectáculo.
"Nós nem chegámos a ser ouvidos pelo tribunal, por isso não tivemos oportunidade de explicar do que trata o espectáculo", disse, afirmando que a competição até serve para promover a raça de touros bravos e mirandesa.
"Os 'cowboys' apenas desafiam os animais, sendo o objectivo da competição ver quem aguenta mais tempo em cima dos animais, não havendo nada que ponha em causa a sua saúde", sublinhou.
A organização ainda não decidiu se vai avançar na mesma com a realização do "rodeio", espectáculo que se insere no campeonato nacional da modalidade, aguardando agora uma indicação das autoridades locais.
"Estamos numa impasse que tem que ser decidido a tempo dos animais e das pessoas que os vão montar chegarem ao Algarve", afirmou, dizendo que estão no Alentejo e que só virão se o espectáculo efectivamente se realizar.
MAD.
Lusa/Fim
Info: http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1009971
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Rodeo em Faro: Organização vai recorrer da providência cautelar que impede o evento
05.09.2008 - 21h13 Paulo Miguel Madeira, (com Ana Machado)
O presidente da Junta de Freguesia de Estói, concelho de Faro, anunciou já que a organização, da qual a junta faz parte juntamente com a empresa Megalqueva, vai recorrer da providência cautelar, levantada hoje pela associação Animal, contra o evento.
O Tribunal Judicial de Faro emitiu hoje uma providência cautelar para impedir a realização de um “rodeo brasileiro” marcado para amanhã à noite na Feira do Cavalo de Estói, no concelho de Faro, no âmbito de um Campeonato Nacional de Rodeo promovido pela Associação Portuguesa de Rodeo e pela empresa Megalqueva.
“É uma decisão gravíssima. O que estava previsto era só montar os touros. Amanhã apresentaremos recurso. Há ordens de ministros para cercar a feira”, avançou José de Paula Brito que não coloca de parte um pedido de indemnização, caso a decisão final de tribunal lhe seja favorável.
O tribunal considerou demonstrado que nos “rodeos” deste tipo “os animais são afectados de sofrimento cruel e prolongado sem qualquer justificação” e que a Animal tem legitimidade e direito de promover a defesa dos direitos dos animais pelos meios legais adequados. A Feira do Cavalo de Estói é promovida pelo Grupo de Amigos do Cavalo de Estói e envolve a junta de freguesia local, no concelho de Faro.
A decisão do tribunal, proferia na sequência do pedido de providência cautelar interposto pela associação Animal, deu também como “demonstrado o fundado receio” de que “a realização do evento cause lesão grave e dificilmente reparável dos direitos dos animais que pela providência cautelar se pretendem acautelar”, visto que, depois de ocorrer, “a dor infligida aos animais utilizados nos espectáculos constitui notoriamente um dano irreparável.
A sentença, assinada pelo juiz Joaquim Cruz, determina ainda que a Junta de Freguesia de Estói, o Grupo de Amigos do Cavalo de Estói e a Megalqueva paguem solidariamente a quantia de 15 mil euros no caso de realizarem mesmo o “rodeo”. A Animal pedia uma multa de 50 mil euros.
O “rodeo”, autorizado pela Câmara de Faro, tinha também o apoio da Direcção Regional de Agricultura do Algarve e do Serviço Nacional Coudélico, dois organismos do Ministério da Agricultura, o que a Animal considera “escandaloso”, atendendo a que o tribunal deu razão à associação no que respeita à ilicitude da realização destes eventos em Portugal.
O evento faz parte de um campeonato nacional, explica José de Paula Brito. “Ainda a semana passada aconteceu um em Albufeira”. E está um outro marcado para o Porto.
Info: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1341796&idCanal=62